Circuito Mundial de surfe: o Brasil está no topo e promete fazer bonito nas Olimpíadas!
Nossos 4 representantes são favoritos ao pódio em solo japonês
Conforme retrospecto recente, o surf praticado no Brasil está entre os melhores do mundo. Há quem diga com todas as letras que os surfistas brasileiros são os melhores.
A afirmação faz muito sentido, pois conquistamos 3 títulos nos últimos 6 anos. Ítalo Ferreira é o atual campeão do Circuito Mundial de surfe.
Em 2018, ano que precedeu o triunfo de Italo, Gabriel Medina foi o grande vencedor do campeonato pela segunda vez na carreira. Ainda temos Adriano de Souza, vencedor do circuito no ano de 2015.
Regras e regulamento da competição
Organizado pela Liga Mundial de Surfe (WSL), o Circuito Mundial é o principal torneio de surfe do mundo. A competição reúne atletas das mais diferentes nacionalidades, que surfam pelos quatro cantos do globo em busca do título.
Cada etapa bonifica o vencedor com 10 mil pontos, e é composta por 5 fases, mais oitavas, quartas, semis e final.
É coroado campeão quem terminar o ano com mais pontos na conta. Os 22 mais bem colocados permanecem no circuito.
Circuito Mundial de surfe 2021
A atual edição do torneio tem 12 etapas, e começou em dezembro de 2020, com a vitória de John John Florence na etapa do Billabong Pipe Masters, realizada no Havaí. Medina se saiu bem, ficando com a 2ª colocação.
Na sequência, as 3 etapas seguintes foram sediadas nas paradisíacas praias da Austrália. O Rip Curl Newcastle foi decidido numa final brasileira, entre Gabriel Medina e Italo Ferreira, que levou o troféu para casa
Em busca de sua primeira vitória no Circuito Mundial de surfe 2021, Medina foi com tudo para o Rip Curl Narrabeen Classic. O paulista deu show nas águas australianas, chegou a decisão e bateu o norte-americano Conner Coffin para subir no lugar mais alto do pódio.
A etapa de Margaret River também teve brasileiro no topo. Dessa vez, nem Italo, tampouco Medina chegaram à final. Filipe Toledo desbancou os demais adversários com o triunfo diante do sul-africano Jordy Smith.
Ou seja, de 4 etapas, os surfistas brasileiros ganharam 3! Desse modo, as primeiras colocações do Circuito Mundial de surfe estão ocupadas pelo Brasil.
Vale destacar que o campeão de cada etapa soma 10 mil pontos. O 2º colocado ganha 7.800 pontos e o terceiro 6,085.
- 1º Gabriel Medina – 28,920 pontos;
- 2º Italo Ferreira – 24,150 pontos;
- 3º Filipe Toledo – 20,735 pontos;
- 4º John John Florence – 19,395 pontos;
- 5º Jordy Smith – 19,185 pontos.
De acordo com esses resultados, a tendência é que o título de campeão da temporada venha para o nosso país. Porém, ainda tem muito chão pela frente. O calendário contém mais 6 etapas, com direito a uma parada na praia de Saquarema, no Rio de Janeiro.
- 16 a 26 de maio – Rip Curl Rottnest (Austrália);
- 18 a 30 de junho – Jeep Surf Ranch (Estados Unidos);
- 5 a 15 de julho – Corona Open (México);
- 11 a 16 de agosto – Oi Rio Pro (Brasil);
- 22 de agosto a 1º de setembro – Outerknown Tahiti Pro (Taiti);
- 8 a 17 de setembro – Rip Curl WSL Finals (Estados Unidos).
Circuito feminino
Mas não pense que o Brasil só é forte no masculino. Tatiana Weston-Webb é um fenômeno mundial. A surfista gaúcha acumula uma vitória na etapa de Margaret River, e figura na vice-liderança do Circuito Mundial de surfe.
Veja o top-5 da classificação feminina:
- 1º Carissa Moore (Havaí) – 29,970 pontos
- 2º Tatiana Weston-Webb – 26,495 pontos
- 3º Stephanie Gilmore (Austrália) – 22,035 pontos
- 4º Caroline Marks (Estados Unidos) – 21,305 pontos
- 5º Tyler Wright (Austrália) – 19,965 pontos
Onde assistir
É possível acompanhar todas as etapas do circuito por meio das plataformas da WSL, que costumam transmitir de graça. Além disso, a ESPN, canal de televisão fechada, transmite algumas etapas.
Atletas de destaque
Dentre os surfistas em atividade, devemos citar John John Florence. Nascido e criado nas míticas praias havaianas, ele participa do Circuito Mundial de surfe desde 2011, e de lá pra cá ganhou dois títulos da categoria.
John John é considerado como um dos maiores de sua geração. Assim como Gabriel Medina, brasileiro natural de São Sebastião, cidade no litoral paulista conhecida pelas perfeitas para surfe.
Medina fez história ao ganhar o primeiro título mundial para o Brasil, no ano de 2014. Desde então, ele é conhecido pelo apelido “Brazilian Storm”, que significa “Tempestade Brasileira”.
4 anos depois, em 2018, ele garantiu o bicampeonato, o terceiro de surfistas brasileiros. Sim, o terceiro, porque Adriano de Souza foi o grande campeão de 2015.
Adriano aprimorou seu surfe nas praias de Florianópolis, sua cidade natal. Ingressou no Circuito Mundial de surfe em 2006, e conquistou a primeira vitória em 2009.
O carioca Italo Ferreira trouxe o pentacampeonato brasileiro em 2019. Ou seja, é o atual campeão. Ele deveria defender o caneco no ano de 2020, mas o principal torneio de surfe do mundo foi cancelado devido a pandemia do novo coronavírus.
Além dos brasileiros, outros 2 nomes não podem ficar de fora da relação: Kelly Slater e Mick Fanning.
Kelly é, sem dúvidas, um dos maiores de toda a história. Com 11 títulos mundiais na conta, o norte-americano possui 49 anos, e segue como um duro adversário a ser batido.
Mick Fanning também não faz parte da nova geração, com 39 anos. Porém, ainda participa do Circuito Mundial de surfe, competição onde foi duas vezes campeão, em 2007 e 2013.
Outros 5 grandes atletas prometem verdadeiros shows dentro d’água: Jordy Smith (África do Sul), Kanoa Igarashi (Japão), Griffin Colapinto (Estados Unidos), Ryan Callinan (Austrália) e Conner Coffin (Estados Unidos).
Jogos Olímpicos
Pela primeira vez na história, os jogos olímpicos terão a presença do surfe. A estreia da modalidade acontece em Tóquio 2021.
O Brasil aposta todas as suas fichas em Gabriel Medina e Italo Ferreira. No feminina, estaremos muito bem representados por Silvana Lima e Tatiana Weston-Webb.
Não dá para mentir, com esses 4 grandes surfistas brasileiros é impossível não pensar em medalhas na Terra do Sol Nascente.
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