Libertadores
Prestes a completar 8 anos de jejum, São Paulo tenta se reerguer

Prestes a completar 8 anos de jejum, São Paulo tenta se reerguer

Tricolor do Morumbi comemorou seu último título em dezembro de 2012 e, mesmo em meio a parada por conta da pandemia, briga pelo fim do tempo sem conquistas

Digamos que os últimos anos para o torcedor são-paulino deixaram de ser tão fáceis quanto no período entre 2000 e 2012. Por isso, falaremos sobre a parada da Libertadores e se isso ajudou o time paulista!

Foram dois títulos do Campeonato Paulista (2000 e 2005), uma Copa Libertadores (2005), um Mundial de Clubes (2005) três Campeonatos Brasileiros (2006, 2007 e 2008) e, por fim, o título inédito da Copa Sul-americana de 2012, no dia 12 de dezembro, na partida em que o Tigre (ARG) disputou apenas a primeira etapa e não voltou a campo para enfrentar o Tricolor.

O título, ainda marcou a despedida do, ainda garoto, Lucas Moura.

De lá para cá, o São Paulo já brigou por títulos, mas também já flertou com o rebaixamento por algumas oportunidades.

Altos e baixos em sua área diretiva refletiram em anos que chegaram a desanimar muitos torcedores.

O principal motivo é a longa espera por títulos. São quase oito anos sem nenhum título de expressão conquistado pelo São Paulo.

Vamos, além de relembrar alguns tropeços, analisar sobre a temporada 2020 aqui na KTO Fan.

Tudo isso para tentar descobrir se o Tricolor Paulista poderá encerrar o jejum, mesmo após a parada do futebol por conta da pandemia de Covid-19. Acompanhe conosco.

Maior jejum dos últimos 49 anos

A popularidade do São Paulo Futebol Clube aumentou de maneira considerável a partir das décadas de 90 e 2000 e, justamente, pela coleção de títulos ganhos nestes dois períodos.

Sendo assim, os são-paulinos ficaram “mal-acostumados” por ter times que sempre brigavam pelas primeiras posições.

Em contrapartida, o momento não é dos melhores para o torcedor do São Paulo. O jejum de títulos já é o maior nos últimos 49 anos. Inclusive, esta série sem títulos de expressão só fica atrás do período entre 1958 e 1970.

A conquista em questão, foi pelo Campeonato Paulista, quando pôde sair da fila. O título veio após o time do Tricolor, que tinha como um dos seus principais atletas, Toninho Guerreiro, vencer o Guarani na decisão por 2 a 1. Toninho ainda foi o artilheiro, com 13 gols.

Agora imagine que, depois deste longo período de 12 anos sem conquistar nenhum título, o São Paulo passou a faturar um campeonato a cada, pelo menos, três anos.

Assim, se tornou bastante frequente se acostumar com um São Paulo vitorioso.

Trazendo para esta série mais recente de falta de títulos, de 2012 para cá, quando se fala em torneios mata-mata, o Tricolor foi eliminado em 21.

As principais foram a queda na Libertadores de 2016 quando chegou à semifinal do torneio e foi derrotado pelo Atlético Nacional (COL) e a final do Campeonato Paulista de 2019 contra o Corinthians.

Vale destacar também que nos últimos anos o que mais irritou os torcedores foram as eliminações para times de menor expressão em Paulistas e também na Copa do Brasil.

Entre as eliminações do Paulistão estão Penapolense, Audax e a mais recente, o Mirassol.

Já na Copa do Brasil, o São Paulo foi superado em mata-matas por Avaí, Juventude e Bragantino. Dá para destacar ainda uma eliminação para o Colón (ARG) na Copa Sul-americana de 2018.

jogadores do São Paulo caminhando em trio pelo campo após realização de gol
Foto: Veja

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Quais os motivos para o longo jejum?

Entre outras questões, a que parece ser a principal é a gestão por parte dos últimos presidentes e diretores que ocuparam os maiores cargos dentro do São Paulo. As gestões “fritaram” 16 treinadores em 10 anos.

Além de que fizeram o clube “parar no tempo”, na concepção de muitos, isso quando é mencionada a questão de modernização frente aos outros grandes clubes paulistas e brasileiros.

Em uma tentativa de mudar este cenário, alguns ídolos foram colocados em posições de destaque dentro do clube mais recentemente e as investidas não surtiram efeito até o momento.

O principal caso foi a contratação do maior ídolo recente do São Paulo, Rogério Ceni, para ser o comandante técnico em 2017, ano que o tricolor teve uma mudança grande no seu elenco no meio da temporada e acabou por brigar para não cair no Brasileirão, deixando os torcedores bastante apreensivos.

Ainda apareceram outros ídolos na diretoria, como Diego Lugano e Raí, que seguem entre os managers

Dentro de campo foi promovida a volta de Hernanes e Alexandre Pato, além das contratações de Daniel Alves e o lateral-direito espanhol Juanfran, que veio do Atlético de Madrid (ESP).

O torcedor botou bastante fé nestas contratações e repatriações, mas algumas delas já nem fazem parte do elenco. 

Parada da Libertadores pode ter sido positiva para o São Paulo?

A temporada de 2020 já havia começado com muita pressão para, pelo menos, levantar o título do Paulistão, que já não é conquistado pelo São Paulo desde 2005.

O time do técnico Fernando Diniz largou bem na fase classificatória e, apesar de alguns tropeços no início de trabalho em 2020, não teve maiores trabalhos para se manter entre os times com chances de classificação para a fase final.

Na Libertadores, o São Paulo estreou com uma derrota para o Binacional (PER), pelo placar de 2 x 1, fora de casa.

Apesar do resultado adverso, chegou a chance de enfrentar o time da LDU (EQU), no estádio do Morumbi (prestes a parar o calendário em virtude da pandemia).

Nesta ocasião, o tricolor venceu bem e convenceu a torcida, aplicando 3 x 0 frente aos equatorianos.

Tudo parecia estar bem encaixado no time. A defesa estava conseguindo neutralizar os ataques adversários e, principalmente, os gols estavam começando a sair com mais frequência com o comando de Daniel Alves no meio de campo, além da experiência de Hernanes, a juventude de Igor Gomes, mais o setor de ataque, com Vitor Bueno, Alexandre Pato, Antony e Pablo.

As baixas começaram com a venda de Anthony que já estava assinada desde o primeiro semestre, para o Ajax, da Holanda. Na sequência, veio a parada de todo o calendário de jogos e treinamentos em grupo.

Foi uma grande espera e grandes questionamentos durante a parada, em questão sobre os bastidores. Porém, nada que parecesse tirar o time do prumo dentro de campo.

jogares do São Paulo caminhando cabisbaixos em grupo para fora do campo
Foto: UOL

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E como foi a volta?

Com a volta do futebol em julho, muita expectativa foi criada, pelo bom futebol que parecia estar enraizado até março.

A torcida tricolor estava ansiosa pela volta do chamado “Dinizismo”, que consiste nas ideias diferentes de jogo do atual treinador do São Paulo.

Mas, a volta também trouxe mais dificuldades para retomar o mesmo futebol apresentado até ali.

Mesmo assim, veio a classificação de maneira relativamente tranquila, com uma vitória por 3 x 1 sobre o Guarani. Porém, tudo mudou na fase “mata” do Paulistão.

Em uma partida contra o Mirassol, que estava com o elenco praticamente todo reformulado após a parada da Libertadores, acabou eliminando o time de Diniz pelo placar de 3 x 2.

O resultado de parar nas quartas de final do torneio foram muitos protestos e cobranças para jogadores, comissão técnica e diretoria.

Veio o Campeonato Brasileiro e com ele algumas mudanças no time titular. A zaga que parecia desentrosada pós-parada, com Arboleda e Bruno Alves, deu lugar a dupla Diego Costa (zagueiro da base tricolor) e Léo (lateral-esquerdo de ofício).

Apesar da ideia parecer maluca para muitos, acabou surtindo efeito positivo nos resultados.

O tricolor conta ainda com um reforço. Estamos falando do atacante Luciano, que veio do Grêmio, em troca de Everton, que estava no tricolor paulista e que foi para o time gaúcho.

Com os gols de Luciano, reestruturação da zaga e apresentações menos vistosas quanto ao estilo de futebol jogado, atualmente o São Paulo ocupa a vice-liderança do Brasileirão, com 13 pontos ganhos e uma vitória conquistada no clássico sobre o Corinthians no último domingo (30), por 2 x 1, com gols de Hernanes e Brenner. 

Assim o tricolor ensaia a sua volta ao maior torneio Sul-americano, a Copa Libertadores. A competição que foi paralisada em março, em sua segunda rodada da fase de grupos, vai voltar em poucas semanas.

Mais precisamente no dia 17 de setembro para o São Paulo, que vai encarar na terceira rodada o River Plate (ARG). 

O que ainda poderá dificultar para o elenco é a fratura que Daniel Alves sofreu no antebraço direito no jogo contra o Atlético-PR, no último dia 26, pelo Brasileirão.

Pelas informações do departamento médico, o atleta, que realizou cirurgia para a colocação de placa no osso do antebraço, ainda deve ficar de fora por, pelo menos, mais 25 dias. Assim, desfalcará o São Paulo no retorno da “Liberta”.

Além disso, como já havíamos mencionado acima, Alexandre Pato acabou rescindindo contrato e já não veste mais a camisa tricolor desde a última rodada do Campeonato Brasileiro.

A pergunta que fica para você, então, é a seguinte: entre todos os casos citados, você crê que a parada da Libertadores foi prejudicial ou benéfica ao tricolor para poder levar a Libertadores ou o Brasileirão e encerrar o jejum?

A KTO Fan quer saber a sua opinião. Deixe nos comentários.

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